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Sem nenhum teste específico para PIF, os veterinários avaliam os sintomas do gato, os exames e descartam outras possibilidades.
Se houver um diagnóstico presuntivo de PIF, é possível utilizar o tratamento apresentado nessa página como diagnóstico. A medicação tratará apenas a PIF, portanto, se o gato melhorar durante o uso, o diagnóstico é confirmado.
Sempre que houver suspeita de PIF úmida, um painel de sangue completo e um painel químico devem ser o primeiro passo para o diagnóstico. O exame de sangue possivelmente mostrará albumina baixa, globulina alta, contagem alta de glóbulos brancos, contagem baixa de glóbulos vermelhos, neutrófilos altos, proteína alta e bilirrubina alta.
Nem todos os resultados de sangue serão iguais, no entanto, se alguns marcadores estiverem presentes e os sintomas do gato sugerirem um diagnóstico presuntivo de PIF, diagnósticos adicionais são geralmente recomendados.
A PIF pode causar lesões em todos os órgãos afetados pelo vírus. Uma ultrassonografia pode revelar se as lesões estão presentes ou não, bem como verificar se há linfonodos mesentéricos aumentados e rins aumentados. Durante a ultrassonografia, uma aspiração com agulha fina das lesões pode ser realizada no consultório e, normalmente, sem necessidade de anestesia. As amostras devem ser enviadas a um laboratório para imunocoloração.
A coloração direta de FCoVs em macrófagos por imunofluorescência em efusões citocentrifugadas ou imunohistoquímica em tecido é considerado o teste mais específico para confirmar PIF. A imunocoloração não pode diferenciar entre o FCoV “inofensivo” e o FCoV causador de FIP, mas encontrar macrófagos infectados em lesões piogranulomatosas características ou em derrames inflamatórios está altamente associado à PIF.
Em um estudo recente, no qual um grande número de gatos com PIF confirmado e controles com outras doenças confirmadas foram investigados, a coloração de imunofluorescência positiva do antígeno FCoV intracelular em macrófagos da efusão foi 100% preditiva de PIF. Embora a imunocoloração tenha um valor preditivo positivo alto, o valor preditivo negativo não é alto, o que significa que um resultado positivo provavelmente será um positivo verdadeiro, enquanto um resultado negativo pode não ser um negativo verdadeiro. Portanto, um resultado negativo não exclui o diagnóstico de PIF.
Na medida em que tanto a FIV quanto a FELV são mais comuns e podem apresentar-se semelhantes à PIF, devem ser testadas e descartadas como diagnóstico primário ou secundário.
Usando uma seringa, o veterinário coleta uma amostra do fluido para teste. Este é um procedimento simples realizado em consultório, normalmente sem a necessidade de anestesia ou sedativo. Se for PIF, a efusão é tipicamente rica em proteínas, cor de palha, amarelada ou mel, e viscosa. A reação em cadeia da polimerase de transcriptase reversa (RT-PCR) detecta o RNA do FCoV - ou seja, é um teste que detecta o vírus atual.
O RT-PCR quantitativo (RT-qPCR) é um desenvolvimento recente interessante, no qual a quantidade de vírus na amostra pode ser medida. Um RT-PCR positivo no fluido é um diagnóstico confirmado de PIF úmido. Um RT-PCR negativo no fluido não exclui necessariamente a PIF, pois há aproximadamente 30% de chance de um falso negativo.
Um teste de RT-PCR em sangue ou fezes podem produzir resultados falso positivos ou falso negativos, sendo portanto, contraprodudente para o diagnóstico.
A PIF úmida é caracterizada por um acúmulo de líquido no abdômen do gato (ascite), pulmões (derrame pleural) ou coração (derrame pericárdico). Gatos com ascite costumam parecer barrigudos. Se a efusão for no coração ou nos pulmões, o gato pode não apresentar nenhuma alteração externa na aparência. Se o acúmulo de fluido for grave, a respiração pode parecer congestionada ou visivelmente difícil.
A PIF seca pode apresentar uma variedade de sintomas, muitos dos quais também são consistentes com outras condições, o que torna o diagnóstico mais desafiador. Gatos com PIF seca freqüentemente apresentam letargia, crescimento atrofiado, inapetência, febre, anemia e/ou terceira(s) pálpebra(s) aparente(s).
Se houver envolvimento ocular, pode haver uveíte, precipitados ceráticos, mudança na cor dos olhos, manchas.
Se o vírus afetou o sistema nervoso central ou o cérebro, os sintomas neurológicos podem incluir ataxia, tremores, convulsões, nistagmo (olhos agitados) ou anisocoria (pupilas de tamanhos diferentes).
- Cerca de 30% dos casos de PIF Seca evoluem para o acometimento neurológico;
- Filhotes abaixo dos 4 meses com qualquer dos tipos de PIF (úmida ou seca) têm maior predisposição a apresentar o acometimento neurológico;
- Alguns casos de PIF apresentam apenas a sintomatologia ocular/neurológica, sem qualquer alteração em exames em um primeiro momento.