informações ADICIONAIS

FORMAS DISPONÍVEIS de GS

A decisão entre a forma oral ou injetável não é simplesmente uma questão de preferência do proprietário. Gatos gravemente doentes, que não comem por conta própria ou que apresentam vômitos ou diarréia, não devem começar com a forma oral, pois os distúrbios gastrointestinais podem interferir e/ou impedir a absorção do medicamento. Esses gatos devem começar com o injetável e, se desejado, passar para o oral assim que estiverem estáveis. Se o gato estiver estável no momento em que o tratamento é iniciado, qualquer uma das formas é aceitável.

*Outras considerações são: preço, facilidade de administração e efeitos colaterais.

Injeções

Prós: 

Contras:

comprimidos orais

Prós:

Contras:

Cuidados necessários

Administração de injeções

Preparação: Use uma agulha para puxar o GS para a seringa. Descarte a agulha e substitua por uma agulha nova e estéril para aplicar a injeção.

*Não há necessidade de jejum nem de intervalo na utilização da forma injetável. 

Tipo de injeção: GS é administrado por via subcutânea. Variar todos os dias a região das aplicações

Restrições: Cada gato lida de forma diferente com a administração da injeção. Alguns vão pirar mais por serem contidos, alguns ficarão parados, enquanto outros precisam ser enrolados em uma toalha ou saco contenção.

Gabapentina: um analgésico leve que, de acordo com a recomendação do seu veterinário,  pode ser administrado por via oral 2 a 2,5 horas antes da injeção. Quando administrado de maneira adequada, pode aliviar o stress da injeção sem deixar o gato excessivamente sedado. 

Vazamento: na aplicação do injetável, há casos em que a agulha transpassa a pele e o medicamento vaza, ou que o gato não está totalmente imobilizado e se mexe, causando perda do medicamento. Se você conseguir estimar o quanto foi perdido, administre uma dose parcial para compensar essa perda. Se a dose toda for perdida, dê uma nova dose completa.

Efeitos colaterais: seu gato poderá apresentar inchaços ou lesões no local da injeção. As lesões são diretamente influenciadas pelo pH do medicamento (e não pela marca utilizada e nem por falta de cuidados). Na maioria das vezes, elas irão se curar por conta própria, sem necessidade de intervenção.  Caso as feridas apareçam e o gato lamba, pode ser necessário usar roupa ou cone, o mais importante, é observar qualquer sinal de infecção (descoloração, calor ao toque). 

Muitos gatos apresentam espirros ou cansaço excessivo após as aplicações. Não é incomum que os gatos "falem muito" durante e imediatamente após a injeção. Caso aconteça de atingir um músculo ou nervo, o gato pode mancar por algumas horas depois. 

Administração de comprimidos

Jejum: o medicamento oral deve ser dado com estômago vazio para aumentar a absorção (jejum de 1h antes da administração do comprimido e 30min depois).

Outros medicamentos devem ser dados com intervalo de 04 horas do GS (exemplo: se está tomando antibiótico às 18h, o GS deve ser administrado semente às 22h - ou o contrário).

Efeitos colaterais: se seu gato vomitar os comprimidos, será necessário administrar outra dose. * Se isso acontecer mais de uma vez, considere mudar para injetável.

Dica: As cápsulas podem ser revestidas com manteiga, guloseimas para gatos ou administradas em bolsos de comprimidos, mas evite dar uma refeição. O estômago precisa estar vazio/ácido para que o medicamento seja absorvido de maneira adequada.

MEDICAÇÃO conjunta com tratamento

Antibióticos da família das fluoroquinolonas são proibidos em conjunto com o tratamento.

Antibióticos autorizados, caso necessário: clindamicina (stomorgyl), vibramicina (doxy), amoxicilina (agemoxi), esporadicamente CONVENIA. * Interromper tão logo os exames mostrem que a infecção cedeu. 

Corticosteróides: permitidos para o controle inicial da doença, realizar o desmame gradativo quando for possível observar que o GS está controlando a doença (entre 01 e 02 semanas após o início do tratamento).

Vitaminas e suplementos: Vitamina B12 pode ser útil ao longo de todo o tratamento, seja na forma injetável com aplicações semanais ou oral, diariamente.

Probióticos são sempre bons, no entanto, verifique a fórmula e opte por marcas que NÃO TENHAM LISINA em sua fórmula.

Para auxiliar no processo de ganho de peso, podem ser utilizados estimulantes de apetite a critério de seu veterinário.

Demais medicamentos: pode ser utilizada a dipirona para controle de condição febril esporádica (até 3 dias); para controle de êmese utilizamos cerenia; para relaxamento pré aplicação utilizamos gabapentina manipulada (10 a 20mg/kg) 2h30 antes da aplicação.

Eventualmente, pode ser necessária medicação de suporte hepático. Neste caso, SAMe tem apresentado bons resultados em conjunto com o tratamento.

*Ao longo do tratamento NÃO utilizar antipulgas. 

protocolo de exames

É importante realizar hemograma completo, bioquímico e ultrassom antes de iniciar o tratamento, e repetir em 4 semanas (28-30 dias), 8 semanas (56-58 dias) e 11 semanas (77-79 dias). Os exames finais devem mostrar todos os indicadores dentro de perfeita normalidade, qualquer alteração deve ser avaliada cautelosamente. 

* Todos os casos de recaída observados tinham algum ponto ou pequeno detalhe que poderia ter sido observado. Muitas vezes, a extensão do tratamento por alguns dias (ou até mesmo o aumento de dosagem) é o bastante para corrigir o que ainda não está perfeito. Isso é bem mais seguro do que interromper e ter que reiniciar o tratamento alguns dias depois por apresentar uma recaída. 

Durante o período de observação de 90 dias, a recomendação é repetir os exames com 30 e 60 dias de observação. Após o período de observação, os gatos devem realizar exames de acompanhamento a cada 6 meses durante o primeiro ano e, a seguir, anualmente.

O que fazer durante o tratamento

O que NÃO fazer durante o tratamento

NÃO ESQUEÇA QUE SEU GATO ESTÁ COMBATENDO UM VÍRUS MORTAL E, PARA QUE O TRATAMENTO SEJA BEM SUCEDIDO, O PROTOCOLO PRECISA SER SEGUIDO O MAIS PRECISAMENTE POSSÍVEL.